Título: Quero Ser Beth Levitt;
Autor(a): Samanta Holtz;
Editora: Novo Século;
Número de Páginas: 544;
Ano de Lançamento: 2013.
Livro no Skoob


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Amelie Wood perdeu os pais aos doze anos e, desde então, vive em um abrigo de meninas. Com a chegada do seu décimo oitavo aniversário, ela vive agora o temido e esperado momento de deixar o lugar que a acolheu por toda a adolescência para enfrentar o mundo em busca dos seus sonhos. Seu bem mais precioso é o velho exemplar do romance que sua mãe lia para ela, na infância. "Doce Acaso" contava a história de Beth Levitt, uma jovem que, como ela, amava o balé e tinha a vida transformada ao conhecer o príncipe Edward. Amie suspira ao reler incansavelmente aquelas páginas, imaginando quando o príncipe da vida real baterá em sua porta... Por isso, ao soprar as velas, não tem dúvida quanto ao seu pedido: "Quero ser Beth Levitt!". Através de grandes coincidências e uma trajetória que ela jamais imaginaria, Amie se vê, de repente, no fascinante mundo do cinema, cara a cara com o príncipe mais lindo que sonharia encontrar e lutando para se esquivar da maldade de muita gente invejosa, contando, para isso, com sua melhor arma: um coração puro.

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Minha Opinião: 

Provavelmente, não importa o quão grande essa resenha poderá ficar, dificilmente conseguirei expor exatamente o que essa leitura maravilhosa provocou em mim. Emoções, sentimentos, reflexões, lições, inspiração, admiração... Foram algumas palavras que me acompanharam na leitura e tiveram seus respectivos significados expostos das formas mais lindas possíveis. E, no fim das contas, eu só posso agradecer a Samanta Holtz por ter escrito uma história tão sensível, tão singela, tão bela, tão romântica, tão delicada, mas, acima de tudo, tão sincera.

“- Acho que quando perdemos algo tão importante, acabamos enxergando o valor verdadeiro das coisas. O que está por trás do que todo mundo vê.”
- Página 338

Amelie "Amie" Wood passou a vida recebendo uma educação singela e carinhosa por parte dos pais, de forma que os sorrisos sempre estiveram presentes na família, mesmo por entre as lágrimas. Porém, um acidente levou seu pai aos sete anos, e mais tarde, aos doze, a leucemia levara sua mãe. Foi quando sua vida mudou e ela passou a viver em um abrigo, onde várias outras meninas compartilhavam de experiências semelhantes. E, durante aqueles seis anos convivendo com aquelas que veio a ter como irmãs, Amelie foi crescendo e se desenvolvendo, lembrando-se sempre, porém, do principal ensinamento de sua mãe: mantenha sempre seu coração puro. E foi com esse mesmo ensinamento que ela continuou, mesmo após, aos dezoito anos, deixar o abrigo e encarar o mundo real. E, mais ainda, foram lições doces e sinceras como esta, juntamente de muita crença em seus próprios sonhos e felicidade, que sua vida mudou totalmente... para melhor...

“Chis admirou a empolgação explícita da garota, que, sem aviso, já estava vários passos à frente. Amie fitava os galhos lá no alto com profunda admiração.
Chris acelerou a caminhada para alcançá-la.
- Uma amante da natureza, é?
- É o nosso maior tesouro – ela respondeu, distraída, agachando diante de um canteiro com flores amarelas. – Um pedaço do céu que Deus nos deu de presente...”
- Página 109

Falar sobre minha experiência de leitura com Quero Ser Beth Levitt é um tanto quanto complicado. Sempre que penso na história, em todos os seus aspectos, sorrisos, suspiros e lágrimas me invadem, simplesmente porque esta é uma daquelas histórias que mexem de tal forma conosco que acabamos por não compreender à nossas próprias reações perante à leitura. Todavia, em uma espécie de resumo, afirmo: muito mais do que um romance, Quero Ser Beth Levitt é uma lição de vida ilustrada por uma doce bailarina que, apesar das adversidades pelas quais passara na vida, jamais se permitiu perder a esperança, a fé, a alegria, e, principalmente, a pureza em seu coração. Desde pequena, criada pela mãe para nunca deixar a pureza abandonar seu coração, ela cresceu como uma garota doce e delicada, muito embora, não se enganem, ela não seja boba, mas, sim, uma personagem que se permite sentir, sonhar, ter amor ao próximo, ser honesta; uma garota que foca no que realmente importa na vida. E, unindo isso à escrita doce e encantadora de Samanta Holtz, temos uma história escrita e desenvolvida de forma intensa, encantadora e inesquecível.

“Para ela, dançar não era simplesmente um hobby ou atividade física. O sentimento que a tomava quando vestia as sapatilhas e se movia no ar era inexplicável. Era como se pudesse libertar-se totalmente do corpo para uma dimensão superior, onde não havia problemas nem tristezas. Apenas ela e a música. Talvez por esse motivo Dalva já tivesse dito tantas vezes que sua expressão era tão diferente enquanto dançava, como se ela se transformasse em um anjo.”
- Página 169 -

Um dos pontos que mais mexeram comigo, antes mesmo de ler o livro, porém, foi o fato da protagonista manter a pureza em seu coração. Eu tinha uma certo - pequeeeeno - receio de que isso não estivesse realmente fazendo jus, porque, sejamos sinceros, muitas envolvem um romance não apenas emocional mas físico. Sem preconceito algum com esses livros, não encarem mal o meu comentário, mas penso que se tem espaço para histórias assim, também temos para as mais singelas, onde o sentimento predomina, concordam? Onde garotas como a Amelie têm a chance de ser normalmente pura e, de certa forma, inocente, sem, no fim das contas, ser julgada como infantil ou careta. E, não bastasse o livro ter tratado disso tão bem, ainda encontramos um mocinho que definitivamente ganhou meu coração. Chris foi um dos personagens mais reais e encantadores que já encontrei na literatura, que é exatamente o tipo de personagem masculino que eu sonhava encontrar em algum romance. A relação de Amelie e Chris é linda e delicada, onde, seguindo as características da protagonista, Samanta Holtz nos embala em um romance onde o sentimento predomina e é o essencial. Onde um olhar ou um sorriso pode falar mais do que qualquer ação. E, além deste, também vemos outras formas de amor em diferentes relações. Não apenas as românticas, como também relação entre irmãs - o que Amelie sente pelas garotas do abrigo -, entre amigos - as amizades sinceras conquistadas por ela ao longo de sua vida -, e, principalmente, a relação de pais e filhos.

“(Chris) Tinha consciência do quanto a desejava. Mas, toda vez que olhava aqueles doces e inocentes olhos cor de esmeralda, sentia-se completamente desarmado. Por mais que seu corpo clamasse para ter os desejos atendidos, uma voz diferente, recém-chegada, encobria seus gritos, fazendo-o ver como qualquer pequeno instante ao lado dela era simplesmente perfeito.”
- Página 430 -

Esse último, entretanto, é o maior responsável por me arrancar lágrimas durante a leitura. Como já citei, Amelie perdera o pai aos sete anos, e então a mãe, aos doze, mas, mesmo assim, ela continuou a ser a menina doce, com brilho no olhar, e eternamente apaixonada pelo balé e pela dança, e, acompanhando um pouco de suas memórias ao lado dos pais, vemos o motivo de sua contínua personalidade doce e alegre. Ela fora criada num lar onde os sorrisos predominavam mesmo por entre os momentos de lágrimas, e eles sempre estiveram presentes na vida da filha de uma forma muito amorosa, atenciosa. Julia Wood, em especial, fora um mãe com um amor incondicional. Assim como a filha, após a morte do marido e a constatação da leucemia, ela tivera momentos intensos onde, normalmente, as pessoas se renderiam aos prantos e a dor, mas não foi seu caso. Por mais que, sozinha, as lágrimas lhe assumissem, ela fizera questão de continuar a acompanhar, de perto, cada pequeno segundo ao lado da filha, continuamente ensinando-lhe sobre o valor da vida e das pequenas coisas, sobre manter a pureza em seu coração, e nunca deixar-se abater pelos maus momentos. Resistindo à doença que a consumia só para ver um sorriso no rosto da filha, Julia Wood fora uma completa guerreira e um grande exemplo para Amelie, e mesmo após sua partida, conseguimos sentir o amor de mãe e filha presente em cada página da história de Amie. Sincero. Real. Incondicional.

“- Quando você tem um sonho, nenhum medo ou obstáculos pode ser maior que ele [...] Vencer depende apenas de você, e de mais ninguém. Então, levante a cabeça e lute, em vez de se esconder do mundo!”
- Página 458

Por fim, só me resta acrescentar que Quero Ser Beth Levitt foi uma maravilhosa surpresa em 2014. Ter o prazer de prestigiar a narrativa doce e sensível de Samanta Holtz neste livro só me fez ter ainda mais vontade de ler mais histórias suas, porque eis que temos uma autora que sabe equilibrar os elementos principais de uma história, mas, ainda mais, envolver o leitor em um enredo real e cativante, com personagens cheios de personalidade e verdade, com defeitos e qualidades como qualquer pessoa no mundo real, sempre acompanhada daquele toque de romantismo que arranca suspiros e emoção por parte dos leitores. Não só uma das minhas leituras mais marcantes de 2014, foi uma das mais inesquecíveis de toda a minha vida. Que vocês, leitores, também tenham o prazer de acompanhar essa leitura e sonhar junto de Amelie!

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4 Comentários

  1. *Mãe, preciso comprar este livro!*
    Sammy, que resenha perfeita! Amo o balé e, para completar, a história ainda envolve romance! Sim, eu preciso desse livro! Hahaha'

    Beijocas da Rachel! <3

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  2. Okay, eu preciso ler esse livro. Seus comentários sobre ele são tão positivos, Sâmmy, e a história parece ser tão maravilhosa ♥ Achei muito bacana isso da Amelie não perder a pureza em seu coração e sorrir apesar de tudo. Com certeza, é inspirador. Ela passou por tantas coisas e mesmo assim é capaz de sorrir, de amar, sonhar... Enquanto nós, muitas vezes, desanimamos profundamente ao nos depararmos com pequenos obstáculos, que nem são fortes o suficiente para serem, de fato, chamados de tristezas.
    Quero ler o mais rápido que conseguir ♥.
    Beijos! ;)

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  3. Querida Sammy,

    Uau! Uau! Uau!!! O que dizer da sua resenha tão cheia de elogios e analisando cada pedacinho da minha história????

    Muito obrigada, de coração, por ter analisado cada ponto da trajetória de Amelie tão a fundo e, claro, pelos elogios tão lindos :) Fico imensamente feliz em saber que a leitura foi tão prazerosa, tão gostosa, cheia de emoções, mensagens e inspirações!! Como autora, essa é sempre a minha maior conquista :)

    Beijo enorme e muito obrigada por dividir sua opinião com os leitores do seu blog de forma tão carinhosa e cuidadosa ^^

    Sam

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  4. Como não se apaixonar por um livro desses?
    Amo muito a escritora, ela é encantadora.
    E esse é sem dúvida um livro marcante, daqueles que pensamos sempre, que não esquecemos de jeito nenhum. Que vivemos e sentimos cada capítulo e cada palavra.
    Suas resenhas são maravilhosas e tão doce quanto o livro. Gostei muito.

    Beijos.

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