Título: A Traição;
Série: Instituição para Jovens Prodígios;
Autor(a): L. L. Alves;
Editora: Biblioteca 24 Horas;
Número de Páginas: 322;
Ano de Lançamento: 2014.
Livro no Skoob
Veja também: A Seleção [Instituição para Jovens Prodígios #1]


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Depois de descobrir que a tão aclamada Instituição para Jovens Prodígios não é aquilo que aparenta ser, Lara Müller está em busca de respostas. Principalmente em relação às mudanças que seu corpo está sofrendo e, é claro, em relação aos seus sentimentos. Como lidar com a distância e a saudade que sente da família e de seu melhor amigo do Rio? Como lidar com essas novas emoções que assombram sua mente e coração? Lara aprenderá mais sobre si mesma e sobre os jovens daquela Instituição, mas ainda há muito a descobrir... Hugh Howard, com seus olhos misteriosos e beijos doces, quem é ele e o que ele quer? Irene, com seu sorriso encantador e amizade acolhedora, o que esconde? Patrick, com seu jeito brincalhão, oculta algum passado sombrio? O que aqueles garotos e garotas têm de tão especial? Lara se deixa levar pela emoção, por ter finalmente se encaixado em algum lugar, com um garoto maravilhoso ao seu lado e uma melhor amiga confidente até que... Decisões são tomadas e ela vê sua vida de pernas para o ar. O que fazer quando tiram de você uma parte importante da sua existência?

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Minha Opinião:
Aviso: pode conter spoilers desse e do livro anterior!

Quando resolvi dar uma chance de leitura à A Seleção, primeiro volume da saga de L. L. Alves, ainda em Agosto desse ano, eu realmente não imaginava que, ao fim da leitura, fosse me apaixonar tanto pela história, pelos personagens, por toda a saga. Mas, se eu achava que aquele livro já havia sido incrível, eu certamente não estava preparada para todas as fortes emoções decorridas durante a leitura da sequência, A Traição, que eu não apenas li em pouquíssimo tempo, em um ritmo de leitura muito mais alucinante do que havia lido o anterior, como também conclui sua leitura em estado de choque. Eu não esperava por nada que esse livro trouxe, e, honestamente, é crueldade precisar esperar até o terceiro volume, A Revelação, que deverá sair só em 2015, mas, bem... L. L. Alves, você está de parabéns.

Vou procurar não falar muito do enredo em si nesse livro, pois não quero revelar mais spoilers do que provavelmente irei, mas, basicamente, após a descoberta central no primeiro livro, acompanhamos o início de uma verdadeira união entre os personagens para descobrir os mistérios que rondam a instituição. Se em alguns momentos as coisas parecem andar normalmente, como seria em qualquer outra faculdade e grupo de amigos, em outros a insegurança e o receio perante aos mistérios do lugar são mais do que presentes, além do velho clima de tensão no ar. Lara Müller está ainda mais engajada a descobrir a verdade por trás da instituição e seus mantenedores, principalmente o que disser respeito ao reitor Ilo, mas a jornada da nossa protagonista não vai ser nada fácil. Completamente perdida e confusa no início, ela terá que decifrar pequenos incidentes e ficar de alerta 24h para conseguir unir as peças do primeiro quebra-cabeça, e espera, para isso, ter o apoio total de seus novos amigos, Irene, Patrick e, claro, Hugh. Esse último, porém, está quase tão misterioso quanto a própria instituição, e também dará um pouco de trabalho à garota no decorrer dos acontecimentos, com algumas surpresas e reações bem inesperadas...

Apesar do curto período de tempo entre um livro e outro, é visível o amadurecimento de alguns personagens, uma vez que, longe de suas famílias e em um lugar completamente novo, eles definitivamente passaram a tomar decisões por si próprios e agir com uma certa cautela. Personagens como Patrick e Irene foram de grande ajuda e presença no enredo, mais do que no livro anterior, e certamente mostraram sua importância para a história. Irene, principalmente, por ser uma melhor amiga tão excepcional para Lara, sempre disposta a ajudar a amiga ou simplesmente aturando-a em seus maus momentos. Sobre a protagonista, inclusive, após alguns momentos bem impulsivos no primeiro livro, nessa sequência notamos que, apesar de algumas atitudes abruptas em determinadas situações, ela está ainda mais centrada e mais segura de si mesma, apesar de baixar essa guarda de vez em quando com o humor instável do Hugh Howard. Esse, por sua vez, apesar de não ser o personagem principal, destacou-se de uma forma tão inesperada nesse livro que eu definitivamente não sei mais o que pensar sobre ele. Não quero dar muito spoiler, mas... L. L. Alves, o que você fez com ele? Se a Lara tomou um baita susto à respeito, imagina nós, leitores, nos deparando com isso. E isso me faz perceber, nesse exato momento, que ainda estou chocada com esse personagem, e reconheço, totalmente, que ele é uma verdadeira caixinha de surpresas - se boas ou más, você descobre lendo, caro leitor.

“Na sua antiga escola tudo era fácil demais – sem desafios. Na instituição era completamente diferente. Os professores sempre exigiam um esforço a mais dos estudantes, não o simples e comum “copiar e colar”. Eles queriam que os jovens se pressionassem a pensar, a notar o que havia nas entrelinhas. Lara relacionava seu estudo ali com a mesma concepção de compreender um poema. O sentido dele nunca está na superfície, de fácil acesso a todos através de uma simples espiada. É necessário pensar além, demorar o quanto for necessário para chegar ao seu destino final – a sua resposta final.”

Não sei se ficou claro com meus comentários acima, mas, caso não tenham notado, esse livro está cheio de surpresas bem inesperadas, e posso garantir que, no geral, nem todas vão ser das melhores. Pequenos conflitos se desenrolam, conturbando mais ainda a vida da protagonista, gerando dúvidas e um anseio cada vez maior por respostas, mas elas simplesmente não vêm facilmente, porque todo o mistério que ronda a instituição é maior do que se pode imaginar. Acho até que uma palavra legal para descrever a situação, por alto, seria instabilidade, porque nada é fixo; as coisas podem se apresentar de uma forma no início e serem uma completa mentira depois, então é realmente uma leitura bem mais tensa e intensa em relação ao anterior. E isso não é apenas com relação aos acontecimentos, mas aos próprios personagens, na verdade. Uma dica para quando você for ler: absorva as informações com calma e cautela, e esteja aberto para todas as possibilidades imagináveis. Acreditem, isso vale muito nesse livro.

E, sabe, eu também lembro de citar o fator do romance, na resenha do primeiro livro, mas... ao mesmo tempo em que algo finalmente acontece, isso também meio que se vira contra a própria Lara. Instabilidade, já disse. Mas mais que isso, o Hugh está bem mais misterioso e imprevisível que antes, e ele começará a mostrar uma faceta até então desconhecida. Eu não sei se rio ou se choro com o que aconteceu nesse caso, mas eu só faltei chorar mesmo quando uma outra coisa aconteceu próximo ao fim do livro e... por favor, me digam que aquilo foi uma mentira, e que há algo mais encoberto nessa história. Eu simplesmente não posso acreditar, era o que eu menos esperava naquele momento, e foi demais pra mim. Que vontade de abraçar a Lara e dizer que tudo ia ficar bem - mesmo que ela já estivesse praticamente com a "corda no pescoço", mas, né, temos que ser otimistas. Se bem que o tanto de coisa que ela passou nesse livro, na boa... é de deixar qualquer um louco, fala sério.

Como podem ver, essa leitura me impactou mais que o anterior, e eu ainda estou lutando para absorver todas as informações e acontecimentos decorrentes nesse livro. É simplesmente inacreditável todos esses ocorridos juntos assim, mas, realmente, é nesse ponto que a autora mostra o quão é habilidosa e preparada para desenvolver o enredo e criar um pano de fundo tão cheio de ligações e surpresas. Realmente, depois dessa leitura, vou ter que me preparar muito para a futura leitura de A Revelação, pois agora percebi que definitivamente tudo pode acontecer nessa saga.

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Um Comentário

  1. Oi, Sammy! Novamente só tenho a agradecer por essa resenha tão bem escrita! Termino de ler com um baita sorriso no rosto e com vontade de dar pulinhos!! hahaha Ser escritor não é fácil, e eu também queria abraçar a Lara nessa parte (para falar a verdade, eu chorei demais quando escrevi essa cena).

    Muito feliz pela saga ter conquistado-a desse jeito! Não tenho mais palavras para dizer como fico contente e realizada com essas reações.

    Beijão!

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