Título: Marley & Eu;
Autor(a): John Grogan;
Editora: Ediouro;
Número de Páginas: 304;
Ano de Publicação: 2006 (original);
Livro no Skoob


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John e Jenny eram jovens, apaixonados, e estavam começando a sua vida juntos, sem grandes preocupações, até o momento em que levaram para casa, Marley, "uma bola de pelo amarelo em forma de cachorro", que, rapidamente, se transformou num labrador enorme e encorpado de 43 quilos. Era um cão como não havia outros nas redondezas: arrombava portas, esgadanhava paredes, babava nas visitas, comia roupa do varal alheio e abocanhava tudo a que pudesse. De nada lhe valeram os tranquilizantes receitados pelo veterinário, nem "a escola de boas maneiras", de onde, aliás, foi expulso. Mas, acima de tudo, Marley tinha um coração puro e a sua lealdade era incondicional. Imperdível.

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Minha Opinião:

A história gira em torno de John e Jenny, um casal de recém-casados residentes da Flórida. Na dúvida entre ter filhos ou não, sem saber como e se conseguiria lidar com eles, o casal adota um filhote de labrador, Marley, e o leva para casa. E é assim que se começa uma simples, porém linda história de amor entre um cão e seus donos, numa vida ligeiramente agitada, aos trancos e barrancos, com grandes e belas ressalvas a verdadeira lealdade canina. Em outras palavras também, o segundo livro que me fez chorar sem dó em 2013.

"Marley era um pé no saco engraçado e extraordinário, que nunca entendeu muito bem como acatar uma ordem. Francamente, ele talvez tenha sido o cão mais mal comportado do mundo. Mesmo assim, desde o início, ele entendeu o que significava ser o melhor amigo do homem."

Estou com o livro para ler desde mais ou menos o ano passado, e arrependo-me de só tê-lo lido hoje; talvez a história não me interessasse tanto na época, ou fosse simplesmente eu que não queria lê-lo. Não sei. Mas uma coisa é certeza: nenhum tempo perdido com a leitura desse livro foi em vão. Senão todas as lágrimas derramadas por causa dele, na mais pura e bela emoção de uma história tão cheia de realidade e sentimento, capaz de tocar o leitor de um jeito incrível, e nos fazer refletir sobre coisas simples que meio que costumamos ignorar em nosso cotidiano, mas que tem seu valor.

Minha comoção com a história, porém, não foi imediata. Nas primeiras cenas, acompanhamos os momentos de risadas e frustrações ocasionados pelas travessuras de Marley, e eu me peguei rindo fortemente nessas horas. Era muita travessura para um só cachorro, mas ele o fazia! Mas mais incrível ainda era vê-lo a todo instante presente na família, amando-a de todo jeito, e aceitando pacientemente cada um dos três filhos do casal, que mais tarde viveram novas aventuras ao seu lado. Deliciosos momentos em família, a mais pura diversão ao lado de um cachorro meio louco e agitado que nem esse, realmente, eram muito bons de se ler. Porém, já nas páginas finais, a emoção falou mais alto. À medida que Marley envelhecia e passava por várias doenças e conflitos próprios da idade, eu me pegava já com os olhos marejados, prontos para explodirem em um só choro. E foi o que aconteceu. 

"Um cão não julga os outros por sua cor, credo ou classe, mas por quem são por dentro. Um cão não se importa se você é rico ou pobre, educado ou analfabeto, inteligente ou burro. Se você lhe der seu coração, ele lhe dará o dele."

A forma como o autor descreve a emoção na relação cão-dono é muito linda e tocante. Com maestria, John Grogan nos conduz a uma imensidão de reflexões relacionados à vida e, especialmente, aos animais; um ligeiro apelo para que valorizemos mais esses seres peludos que, independente de serem travessos ou não, se dedicam a viver ao nosso lado, amando-nos sem se importar com rótulos ou aparências. O que vale nessa relação é apenas o amor; o resto pode esperar. Até porque a vida de um cão não é tão longa como a de um ser humano, sendo assim esta tem de ser aproveitada e vivida da melhor forma possível, aproveitando e fazendo valer cada segundo.

O fato de eu já criar uma cadela em casa pode ter, em parte, me ajudado a me identificar e me envolver com a relação de John e Marley no decorrer da trama. As típicas comédias causadas pelos animais, os momentos de apreensão, frustração e tristeza, todos sempre me foram familiares, o que, consequentemente, também me fez ficar com um aperto no coração ainda maior no fim do livro, juntamente com tantas lágrimas. A relação de todos na família para com o cão é incrível. O amor que eles sentem uns pelos outros, demonstrado das mais variadas e belas formas, com um sentimento visível nas próprias palavras ao longo do texto. 

"Apesar de tudo, de todas as frustrações e expectativas não realizadas, Marley nos deu um presente gratuito, porém de valor inestimável. Ele nos ensinou a arte do amor incondicional. Como oferecê-lo e como aceitá-lo."

Simplesmente, Marley & Eu teve um grande valor para mim; me emocionei profundamente com a história de John e sua família, em torno da lealdade recorrente com Marley, por maiores que fossem as suas encrencas, mas sempre com o amor presente. Uma história que ensina que até mesmo o cão mais bagunceiro e mal comportado do mundo tem a capacidade mais pura de amar; basta apenas ter uma chance de se aproximar. Fazendo isso, você irá não só dar uma chance às possíveis encrencas que ele causará, mas, principalmente, à chance de viver algo novo e encantador, acima de tudo, verdadeiro, ao lado de um animal que sim saberá valorizar cada instante ao seu lado.

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7 Comentários

  1. Amo esse filme, ♥.
    Chorei muito quando assisti ele!

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  2. Eu ainda não o livro, mas o filme, nossa é muito emocionante, nem preciso falar que eu chorei baldes kkkk o livro deve ser a mesma coisa ♥
    Beijinhos
    Facebook do blog
    conversando-com-a-lua.blogspot.com.br

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  3. Preciso ler! Sabe, faz tempo que eu procuro um livro como tu descreveu, pra rir e chorar em uma só história, livros que narrar histórias de vida que não são falsidade, histórias verdadeiramente éticas. A primeira frase destacada é a mais pura das verdades. Beijos!

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  4. http://umlivroenadamais.blogspot.com.br/2013/05/tagalfabeto-literario.html


    Te marquei

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  5. Esse livro, realmente é muito bom, gostei tanto do filme quanto do livro, é triste mais a história é ótima!

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  6. Eu já inciei a leitura (mas tive de interromper por falta de tempo), e realmente, o comecinho é bem engraçado, estou doida para chegar na parte em que virão as lágrimas, a emoção... :)
    Resenha muito boa (como sempre) Sâmmy ^^ E a 1ª citação que você colocou nela é perfeita ♥
    Beijos

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  7. Nunca li e nem pretendo ler! Eu sinceramente não gosto de filmes nem de livros que possuem relação com cachorros!
    www.reindicando.tk

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