Título: Métrica;
Trilogia: Métrica #1;
Autor(a): Colleen Hoover;
Editora: Galera Record;
Número de Páginas: 304;
Ano de Lançamento: 2013.
Livro no Skoob


- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

O romance de estreia de Colleen Hoover, autora que viria a figurar na lista de best sellers do New York Times, apresenta uma família devastada por uma morte repentina.
Após a perda inesperada do pai, Layken, de 18 anos, é obrigada a ser o suporte tanto da mãe quanto do irmão mais novo. Por fora, ela parece resiliente e tenaz; por dentro, entretanto, está perdendo as esperanças. Um rapaz transforma tudo isso: o vizinho de 21 anos, que se identifica com a realidade de Layken e parece entendê-la como ninguém. A atração entre os dois é inevitável, mas talvez o destino não esteja pronto para aceitar esse amor. 

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 

Minha Opinião:

Durante muito tempo, tive vontade de ler algo da Colleen Hoover, mas nunca surgia uma oportunidade. A chance acabou por aparecer, ironicamente, porém, justo quando eu estava perdendo o interessa em seus livros, Métrica em especial. Então graças ao empréstimo do primeiro livro da trilogia com uma colega, acabei ganhando certo impulso e finalmente li algo dessa autora tão amada por muitos, tirando, por fim, minhas próprias conclusões que você confere já a seguir.

O primeiro livro da trilogia Métrica, também conhecida no original Slammed, dá início a história de Layken, uma garota de recém-completados dezoito anos, que precisa mudar de cidade com a mãe e o irmão caçula, Kel, após a morte prematura do pai há algumas semanas. Apesar da postura firme e um tanto quanto distante por fora, ela permanece abalada diante da perda sofrida e incerta sobre como as coisas serão na nova vida em Ypsilanti, no Michigan. Esse panorama começa a mudar, porém, tão logo ela chega ao novo lar e, enquanto ajuda a descarregar a mudança, conhece seu mais novo vizinho da casa ao lado, Will, um rapaz de vinte e um anos que vive sozinho com o irmão caçula. Com suas vidas ligadas já desde a rápida amizade entre Kel e Caulder, Layken vê em Will o nascer de chances de que sua nova mudança não seja ruim de todo, até eles mal começarem a se envolver e, no entanto, ele descobrir ser seu professor de Literatura na nova escola, voltando as expectativas positivas da garota à estaca zero.

Com uma narrativa naturalmente fluida e leve em primeira pessoa, Colleen nos faz conhecer Layken mais a fundo a cada capítulo, seus medos, suas angústias, seus desejos, seus sonhos, enquanto nos envolvemos aos poucos com a protagonista de personalidade um tanto fechada e distante, mas não menos presente em casa, com a qual muito me identifiquei. Após a perda do pai e a mudança de cidade, Layken acaba por iniciar um processo de amadurecimento gradual no decorrer da leitura, enquanto a mãe trabalha quase o dia inteiro e ela é a única responsável por Kel nesse meio tempo após a escola. Apesar do distanciamento externo, porém, são visíveis os sentimentos e emoções diversas que entram em conflito dentro de si, principalmente após a chegada de Will e logo em seguida a descoberta sobre ele ser seu professor, o que automaticamente veta qualquer possível envolvimento que eles poderiam vir a ter que não profissional. Nesses momentos da narrativa eu assumi a angústia da personagem nessa infeliz coincidência, e mesmo não estando 100% imersa no enredo, me compadeci bastante com seus dilemas e conflitos internos.

Aos olhos dela, assim, somos apresentados a figura de Will, um rapaz que no auge dos seus vinte e um anos concilia a carreira como professor de Literatura com a responsabilidade sobre o irmão caçula, Caulder, após a morte dos pais de ambos em um acidente de carro há alguns anos, que levou-o a amadurecer tão cedo quanto Layken e tornar-se um adulto antes que o previsto. Dessa forma, apesar da inicial descontração e leveza ao conhecer a nova vizinha, Will sustenta uma postura madura e centrada que, no entanto, esconde tantos conflitos internos quanto nossa protagonista. A cada vez que se veem juntos, é visível o sentimento que os rodeia, mas a condição em que se encontram barra quaisquer chances de um real romance, levando o casal a conviver diariamente por entre vãs tentativas de ignorarem tal sentimento, mas percebendo-se cada vez mais envolvidos numa teia amorosa cuja saída é inexistente. 

É assim que, mesmo com um enfoque mais sensível no romance, temos tantos outros assuntos e situações a serem decorridos no enredo de tal forma que, no fim das contas, a condição em que ambos se encontram quanto ao amor é apenas um detalhe diante do que mais vem em seus caminhos, em especial no de Layken, que só começará a juntar as peças do quebra-cabeça quando ele já não poder mais ser negado ou mascarado. E foi nesse ponto da história, ao começar a me deparar com esses novos obstáculos na vida dos nossos protagonistas, que me vi surpresa por perceber tratar-se não apenas de mais um romance new adult, mas por apresentar todo um contexto e abordagens sobre conflitos familiares e jovens em geral, aprofundando ainda mais a narrativa tão natural e leve, mas por vezes igualmente emocionante e densa de se seguir. 

Se os protagonistas por si só já eram bem desenvolvidos e atuantes no enredo, os demais também cumpriram muito bem seus papéis e se mostraram, por vezes, tão cativantes quanto. A começar pelos irmãos de Layke e Will, Kel e Caulder respectivamente, dois garotos de nove anos que, apesar da tenra idade, acabam por, através de sua amizade, agitar a vida dos personagens centrais da trama e trazer ainda mais leveza e mesmo certa descontração e diversão por entre as altas tensões pelas quais passamos no decorrer da leitura. A mãe de Layken, apesar de não muito presente na maioria das cenas, também marca uma presença positiva, prezando em primeiro lugar pelo bem estar dos filhos mesmo quando ela ainda permanece abalada por acontecimentos tão inesperados e dolorosos. Por fim, mas não menos importante, temos os então amigos de Layken e Will, Eddie, colega de turma da protagonista e que, apesar dos inúmeros lares temporários nos quais viveu durante a infância, é uma garota visivelmente bem resolvida, que almeja se estabelecer ainda mais na vida e trilhar seu próprio futuro, com um jeito firme e por vezes maduro de agir, assim como Gavin, seu namorado, e um personagem também responsável por descontrair as tensões em alguns momentos. Cada um deles, a seu modo e intensidade, fecham a trama de um jeito único e real com os quais o leitor certamente irá se identificar em algum momento.

As cinco estrelas só não foram dadas ao final da avaliação simplesmente por, apesar do envolvimento com a história e personagens, eu não ter me sentido realmente conectada com o livro como um todo, não sei dizer bem o porquê, ele apenas não funcionou na mesma intensidade para mim como já fizera com tantos outros leitores, mas isso não tira o mérito geral da obra e eu certamente indico a leitura de Métrica para todos que, assim como eu, podem ter certo receio de gostar ou não do livro, ou que simplesmente pensam que não é tudo isso de leitura. Realmente, já me envolvi muito mais com outros livros, mas a história que fora a estreia de Colleen Hoover na literatura não fica tão para trás assim e, possivelmente, você poderá vir a se identificar e envolver com ela bem mais do que eu. Ainda não sei ao certo se vou ler os outros dois da trilogia Slammed, Pausa e Essa Garota, mas quaisquer que sejam os rumos tomados nos livros seguintes, a verdade é que Métrica também fechou a própria história muito bem para mim só com este primeiro volume e não vejo tanta necessidade de ler os próximos, mas caso ela venha a surgir em algum momento mais oportuno, posso pensar em dar mais uma chance à autora. No mais, Métrica é mais uma leitura devidamente recomendada por mim, seja para os fãs de um bom e um tanto quanto singelo new adult, como, também, para quem procura uma história leve, mas ainda com uma carga emocional palpável e real.

Sigam-me no Skoob e acompanhem minhas leituras - Sâmella Raissa
e/ou
Sigam meu twitter e fiquem por dentro das novidades do blog - @samellabridges

7 Comentários

  1. Gente, esse é um dos melhores livros que já li, só perde pra O lado feio do amor da mesma autora. Concordo que as crianças foram muito bem desenvolvidas também, eu ameiii demais!
    Espero que leia os próximos e quem sabe, se conecte melhor à história.
    Beijo, Mari

    ResponderExcluir
  2. Olá, Sâmela.
    Nossa ela tem só vinte e um é já é professor hehe. Eu não sei porque mas não tenho interesse em ler essa trilogia. Mesmo sendo um dos livros dela mais elogiados. Eu já li Um caso perdido e gostei muito da escrita da autora, mas esse em específico não chama a minha atenção.

    Blog Prefácio

    ResponderExcluir
  3. Eu ainda não li nada da autora, mas quero aproveitar que tenho o kindle unlimited e começar por Métrica. Só li elogios, tenho até medo de acabar não gostando tanto assim ou não me apegando que nem você. Vamos ver... Adoro clichês, romances, e tudo o que o livro tem, então acho que vou curtir sim!
    www.apenasumvicio.com

    ResponderExcluir
  4. Oie!
    Isso realmente acontece, na verdade acontece comigo com frequência, do livro ser muito bom mas mesmo assim não ficar uma ligação muito profunda entre mim e o livro.
    Eu iniciei a leitura de O Lado Feio do Amor e gostei bastante, então acho que eu iria gostar de Métrica também.
    Beijo

    ResponderExcluir
  5. Oi Sâmella,
    Já tem algum tempo que tenho vontade de ler esse livro, mas fiquei em dúvida depois de ler Um Caso Perdido e apesar de ter gostado, não foi uma leitura que gostei tanto como imaginei que fosse gostar. Acho que tive a mesma sensação que você teve ao ler Métrica, quando você disse que não funcionou na mesma intensidade para você como para os outros leitores.
    Beijos.

    http://umrascunhoamais.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir
  6. Olá!
    Adorei a capa do livro, super enigmática e nos deixa curiosos pela leitura. Adoro esse tipo de livro, com dramas familiares, histórias fortes e bem escritas. Parece que a personagem principal teve que amadurecer "na marra" devido à morte de seu pai, quando passou a ter que cuidar da mãe e do irmão caçula. Bom saber que a leitura é leve e fluida. Gosto bastante quando o autor se preocupa com os personagens secundários também, quando a história não gira apenas em torno dos protagonistas. Pena que o livro não ganhou suas 5 estrelas, mas adorei a indicação e vai entrar para minha lista de leitura.
    Beijos!

    Karla Samira
    http://www.pacoteliterario.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir
  7. Oi!
    Que pena que faltou algo para vc se conectar de fato com a estória. Pela premissa eu não havia me interessado por esse livro da CoHo, mas eu lia TANTOS elogios a autora que eu tinha que conhecer o seu trabalho e saber pq todos adoravam tanto e após ler Métrica eu descobri. Métrica é um dos meus livros queridinhos e tem lugar cativo no meu coração . Sou fã da autora e mal posso esperar pelos seus próximos lançamentos. A cada livro publicado essa mulher só melhora como escritora *-*
    Caso tenha interesse em conhecer melhor as minhas impressões, segue o link da minha resenha: http://www.starbooks.com.br/2014/12/resenha-com-gosto-de-natal-metrica.html?m=1

    Beijos,
    Andy - http://starbooks.com.br

    ResponderExcluir

Obrigada por ler o post!
- - - - - - - - - - - - - - - - - -
ATENÇÃO:
- Não use vocabulário impróprio;
- Não aceito Tags e Selinhos;
- Não aceito comentários que não tem nada a ver com o post.
* Comentários assim serão devidamente excluídos e eu não retribuirei visita.
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Deixe o link do seu blog no final do comment para que eu possa retribuir a visita. :)

Bjos...