Amostra do livro.

À ser lançado em 23 de Março.

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Minhas Primeiras Impressões:

Mark é um garoto normal. Tem pais amorosos, uma melhor amiga que o compreende perfeitamente e um cachorro que é o seu grande companheiro. Só que Mark também tem câncer, e a partir do momento em que uma determinada notícia vem à tona, o garoto decide que o melhor a fazer é fugir mundo afora, na companhia única de seu cachorro, Beau, uma máquina fotográfica e um caderno, onde escreve haikais. Seu plano? Alcançar o topo do Monte Rainier. E enquanto sua viagem segue por vias diversas e situações inesperadas, todos se perguntam o que o garoto de doze anos pretende com tudo isso, e passam a procurá-lo incansavelmente.
Confesso que, à primeira vista, A Mais Pura Verdade não seria bem o tipo de livro que me chama muito a atenção à primeira vista. Não me entendam mal, a premissa é boa, mas não descreve tudo o que encontrei em apenas 95 páginas de amostra. E, nesse caso, posso dizer, sem sombra de dúvidas, que me surpreendi com o enredo e o avançar da jornada de Mark. Inicialmente, julguei-o, admito, por simplesmente jogar tudo para o alto e abandonar os pais dessa forma. Conforme a leitura segue, porém, é perceptível que, apesar de não hesitar em continuar avançando rumo a seu objetivo, está ali, nas entrelinhas, o seu desejo de ver os pais longe do sofrimento iminente de sua doença. E, apesar de não aceitar completamente sua fuga, a partir daí, comecei a me aproximar de Mark na história, e a compreendê-lo melhor.

A narrativa de Dan Gemeinhart é prática e leve, mas não menos real. Com capítulos e meio-capítulos que alternam entre o ponto de vista de Mark e uma narrativa em terceira pessoa, que permite-nos visualizar os momentos vividos pela família do personagem, somos apresentados à realidade como ela é, à medida que Mark se depara com pessoas e situações diversas, boas ou ruins, vendo-se apenas na companhia de Beau para ultrapassar os novos obstáculos. Este cachorrinho, inclusive, também foi um dos personagens que mais me encantaram e me cativaram ao longo da leitura, por ser simplesmente uma companhia constante do Mark, sempre preocupado com ele e defendendo-o em meio aos imprevistos de sua jornada. Por muitas vezes, emocionei-me com a amizade dos dois, e cheguei a chorar, na verdade, em algumas dessas partes, definitivamente tocada pelo enredo.

Se a diagramação da amostra é que a Novo Conceito vai seguir na versão definitiva, então tenho que parabenizar a editora pelo belo trabalho. Seguindo o padrão da rachadura já representada na capa, os capítulos se iniciam com o desenho da rachadura, juntamente, no canto direito da página, com os quilômetros restantes até que Mark chegue ao seu destino.

Apesar de não ter sido um início de leitura planejado, gostei muito da narrativa e dos personagens, e consegui me envolver bem com a história. Seguindo o rumo a partir do ponto em que a amostra se encerra, então, a certeza é de que uma grande e comovente história aguarda o leitor, por entre a jornada inusitada de Mark, ao mesmo tempo em que acompanhamos, de longe, a família à sua procura. Eu certamente irei querer conferir o resto da história e descobrir como tudo vai terminar.