Título: Cidade de Mentiras;
Trilogia: Os Defensores, vol. 2;
Autor(a): Lian Tanner;
Editora: Farol Literário;
Número de Páginas: 312;
Ano de Publicação: 2013.
Livro no Skoob
Veja também: Museu de Ladrões [Os Defensores #1]


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Goldie Roth é uma ladra treinada e hábil mentirosa. Junto com seu amigo Toadspit ela deve se tornar uma das Defensoras do Museu de Dunt. Mas seus pais estão doentes e Goldie não pode abandoná-los. Quando a irmã de Toadspit desaparece, Goldie é forçada a tomar uma decisão. Ela e Toadspit seguem as pistas deixadas pelos sequestradores e vão parar na vizinha cidade de Spoke. No caminho, Toadspit também é capturado, e Goldie terá de enfrentar sozinha as ameaças da cidade. Entre essas ameaças está o tradicional Festival das Mentiras, lugar em que cada palavra dita significa outra coisa e ninguém é confiável. Durante o festival, Goldie descobre segredos que podem colocar em risco a sua vida e a de seus amigos. Ela vai precisar de um plano e de todo o seu talento para sobreviver e salvar a todos.

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Minha Opinião:
Aviso: pode conter spoilers do livro anterior!

Como vocês puderam conferir alguns posts atrás, a resenha do primeiro livro da série, Museu de Ladrões, já saiu no blog, e ao contrário deste, onde relatei sobre o desenvolvimento da história, vou procurar - mas não garanto nada - focar, nessa resenha, nos pontos gerais do livro e sua narrativa e personagens como um todo, tentando evitar dar algum spoiler - mas não garanto nada, uma vez que certas coisinhas podem sair inocentemente, então...

À princípio, ressalto, claro, que assim como o primeiro livro, Cidade de Mentiras teve uma fluência de leitura mediana, que não dá, a todo momento, a vontade assídua de não parar a leitura por nada. Apesar disso, ainda foi uma leitura bastante válida, e creio que neste livro a autora surpreendeu ainda mais, a ponto de me fazer dar cinco estrelas para a obra. O motivo? Os personagens agora estão mais crescidos, espertos, habilidosos e a união entre eles está ainda maior. Goldie Roth, nossa protagonista, volta a ser o destaque em uma trama onde a ação predomina a todo momento, mesmo nas horas em que você pensa que tem um tempinho para respirar. E, bem, estamos falando de Spoke, uma cidade ainda mais misteriosa e perigosa do que Jewel.

Goldie e Toadspit, já no início do livro, nos mostram o quanto ainda não são totalmente receptivos um ao outro, apesar de amigos (?); constantemente eles discutem, o que chega a ser cômico em alguns momentos, mas acaba sendo a distração perfeita para o desaparecimento de Bonnie, irmã de Toadspit. Antes disso, Goldie se via decidida a recusar o posto de Defensora do Museu de Dunt, já que seus pais estão doentes e precisam dela, mas eis que a situação inesperada a deixa sem saída, fazendo-a partir com Toadspit atrás das pistas dos sequestradores e indo, eventualmente, parar em Spoke. Uma chance para repensar sobre sua escolha anterior? De fato, mas ela ainda terá muitas novas situações a enfrentar antes de voltar sua atenção a seus pais. Em outra cidade, logo após Toadspit ser igualmente capturado e ela se ver sozinha, Goldie terá de tomar decisões radicais para salvar seus amigos e poupar os inocentes antes que o chefe dos sequestradores decida se precipitar.

Isso é só um vislumbre do que a história tem, o real dentro daquelas páginas é uma verdadeira explosão de acontecimentos. Como já disse, a ação é algo que predomina em toda a história, seja de forma direta ou mesmo sutil, e numa cidade como Spoke, principalmente, nada é o que parece ser, ainda mais no Festival das Mentiras. Três dias de incontáveis mentiras que são um adicional aos problemas que a protagonista e seus amigos já têm de enfrentar. Mas não para por aí. Pela narrativa em terceira pessoa, ficamos sabendo também como as coisas andam em Jewel, e uma vez que as crianças desaparecem da cidade, uma série de decisões e incidentes são cometidos, para o desespero da Protetora, que já se vê encarregada de um (nem tão) novo problema que lhe tira o sono. 

Aconteceram coisas bem inesperadas nesse livro, e algumas pontas soltas deixadas no primeiro volume são respondidas nesse segundo, algumas delas que, inclusive, fizeram meu queixo cair; eu esperava muita coisa, mas alguns acontecimentos conseguiram me surpreender de verdade! E isso só deixava a história ainda mais instigante, agonizante e alucinante, e cá estou totalmente sem palavras para falar, novamente, o quanto a autora sabe desenvolver toda a trama e seus personagens. Tivemos o amadurecimento de personagens já existentes, alguns que apesar de serem crianças não podem ser nenhum pouco subestimados, e o surgimento de novas caras que deram clima novo à história, ainda melhor, inclusive! Pouquíssimas perguntas ficaram no ar, com o fechamento do livro, e mal posso esperar para conferir o desfecho da trilogia - que eu particularmente espero que seja lançado, no máximo, no próximo ano.

E nessa ansiedade, não se enganem, também tem uma grande carga de agonia por não saber o que ela aprontará para os personagens na próxima história. Lian Tanner, pega leve um pouco, tá? Quer acabar com os leitores assim? Ou, melhor, com os personagens? Calma lá! Porque, veja bem, pela capa bonitinha e o contexto envolvendo crianças como protagonistas, espera-se uma história meio infantojuvenil, que não cative o público jovem e adulto. Mas estamos falando d'Os Defensores, e, bem, tudo é possível nessa história.

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Um Comentário

  1. Bom, pelo que você falou;
    a história é boa em si
    só que a autora não conseguiu nos prender com sua narração!
    Mais mesmo assim, eu adicionei essa "série" na minha lista!
    Brevemente, eu talvez comprarei!
    Beijos Sâmmy ♥

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