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Minha Opinião:

Aviso: pode conter spoilers do enredo!

Na nova produção dos estúdios Disney, adaptado originalmente dos quadrinhos da Marvel, então intitulados como Big Hero 6, conhecemos a cidade high-tech de San Fransokyo, lar de Hiro Hamada, um rapaz prodígio de 14 anos recém-formado no colégio e que, no auge da sua inteligência, ganha dinheiro participando de lutas de robôs. Seu irmão mais velho, Tadashi Hamada, porém, não aprova o desgaste das habilidades robóticas do irmão e resolve apresentá-lo a faculdade onde estuda, onde fora responsável pela criação do robô Baymax. Inteiramente dedicada à ciência e tecnologia, a instituição acaba atraindo a atenção de Hiro, que finalmente desperta seu interesse por evoluir suas habilidades tecnológicas, ao lado do irmão e do grupo de amigos dele. No entanto, as coisas não saem como o esperado para a admissão do rapaz, e quando tudo parecia voltar à estaca zero, a aproximação inesperada de Baymax e a entrada de um suposto vilão em cena afloram a determinação de Hiro novamente, que resolve pôr um fim em tudo aquilo unindo-se aos novos amigos para derrotar o novo inimigo.

Antes de mais nada, quem acompanha o blog já há um bom tempo deve - ou não, talvez - saber que eu sou apaixonada por filmes de animação. Em minha opinião, quando bem produzidos e caracterizados, conseguem ser melhores do que muitos filmes em live-action por aí, e é justamente por isso que, apesar de tudo, falar da minha experiência com esse filme é um tanto complicado. Tenho visto comentários ótimos de outras pessoas que o assistiram, sempre elogiando a produção, o enredo e os personagens, e, para o grau de expectativas - que, na verdade, não eram muito grandes - que eu tinha, eu esperava fazer parte desse grupo, no entanto, isso não aconteceu exatamente. Como qualquer produção nesse gênero, eu esperava encontrar um enredo bem desenvolvido, personagens cativantes e, claro, convenhamos, um visual muito bem planejado e moldado.

Essa última, acho que é a mais óbvia, foi um dos pontos que o filme alcançou felizmente. O visual de Operação Big Hero é limpo e moderno, com traços ágeis e coloridos que definitivamente ressaltam ainda mais a beleza da animação. Quando ligado ao enredo, porém, eu já tenho algumas ressalvas. A começar pelo desenvolvimento em si do filme, que ao meu ver, correu um pouco. São 102 minutos de filme, mas senti que as cenas transcorreram rápido demais, e, dessa forma, não consegui me envolver com a história e nem muito menos com os personagens. O Hiro, na verdade, não me convenceu como um bom protagonista; eu ainda tenho lá minhas dúvidas quanto a sua personalidade, pois ele realmente me soou forçado ou mesmo chato em diversos momentos. E, tá, eu sei que ele tem apenas 14 anos, mas algumas atitudes dele lá pela metade ao final do filme me incomodaram um pouco. Não bastasse isso, tinha ainda os amigos dele, o Fred, a Go Go Tomago, o Wasabi e a Honey Lemon, que além de terem ficado amigos do Hiro muito rapidamente, eu também não consegui ser convencida por eles. Quer dizer, eles tem seus traços de personalidade muito bem caracterizados, mas não senti uma presença marcante deles durante o enredo. Notei-os, até, um pouco apagados durante o filme, e realmente não consegui sentir empatia por eles no final do filme.

Para salvar o filme, porém, felizmente temos a presença do Baymax, que é um daqueles personagens que nós temos a vontade de entrar no filme e abraçar apertado, de tão fofo. Depois de me decepcionar com os outros personagens, pelo menos ele conseguiu me convencer de sua sinceridade e amabilidade com as outras pessoas, sendo um robô tão pacífico e amigável. Outro que também me ganhou já nos primeiros minutos de filme foi o Tadashi, irmão mais velho do Hiro, que, nossa, deu um up ao filme de tal forma que... ah! E por isso eu fiquei tão desolada quando aquilo aconteceu... Justo o meu personagem preferido do filme, o único com o qual eu consegui simpatizar na história... Infelizmente, os filmes tem disso mesmo, mas eu só esperava que, a partir daí, os outros personagens conseguissem conduzir a trama, mas, na verdade, eu fui mais movida pela curiosidade que permeava o vilão do que mesmo por saber como os heróis terminariam, depois de tudo. 

Eu tinha expectativas para Operação Big Hero, mas, infelizmente, nem todas conseguiram ser sanadas completamente, e eu me vejo um pouco decepcionada com o filme. Lógico que isso não significa que ele é ruim, longe disso. Eu só esperava um desenvolvimento mais aprofundado e personagens mais bem desenvolvidos, porque eu realmente me senti distante deles enquanto assistia, e isso não é algo que eu aponte como positivo para um filme. Gosto de me envolver com o enredo e os personagens, mas, fora o Tadashi, os outros não conseguiram obter esse resultado, e fico um pouco decepcionada com isso. Todavia, é um filme bom, tem um visual de ótima qualidade e o Baymax, felizmente, consegue provocar algumas boas e inesperadas cenas de humor e emoção ao longo do seu desenvolvimento. Um filme leve e divertido para se assistir em família e que garante uma boa interação.