Primeiro Cinemmy do ano de 2017 na área, com a indicação de mais uma dentre as poucas séries que conseguiram me cativar de alguma forma! Depois de Heartland e Miraculous Ladybug, ambas já comentadas em posts anteriores dessa coluna, chegou a vez de Scorpion, mais um achado despretensioso cujo mérito se deve, mais uma vez, à minha mãe, que está sempre caçando novas séries e filmes para ver no Netflix, e eis que temos esse achado em particular que eu só fui reparar depois mas que de imediato me conquistou!

Scorpion é uma série americana de produção e transmissão original pelo canal CBS desde 22 de Setembro de 2014.

O enredo centraliza-se em um grupo ligeiramente excêntrico de pessoas com as inteligências e habilidades mais variadas, desde Happy Quinn, prodígio da mecânica, Sylvester, então uma calculadora humana e um psiquiatra e comportamentalista, Toby, todos eles liderados por Walter O'Brien, gênio máster da equipe. Cada qual com personalidades distintas e igualmente fortes, são experts em lidar diretamente com aparelhos, máquinas e tecnologia em geral, mas falham terrivelmente na comunicação humana propriamente dita, ficando então à cargo da ex-atendente de lanchonete, Paige Dineen, para acalmar os ânimos da equipe e colocá-los na linha sempre que necessário. Formando a então equipe Scorpion, eles acabam sendo representados pelo agente Cabe Gallo e passam a agir contra quaisquer tipos de ameaças mais complexas que ameacem a humanidade.

O episódio piloto da série por si só já uma estreia e tanto, exprimindo adrenalina e tensão das mais variadas formas quando a equipe recebe seu primeiro voto de confiança do governo para tentar parar um avião fora do controle que está prestes a atingir uma cidade. É com essa deixa que Paige, então lanchonete, acaba se mostrando não apenas útil como, ainda, muito capaz de lidar e unir todo esse grupo de pessoas cheias de personalidades fortes mas total ausência de habilidades sociais. A partir daí, a equipe segue sendo convocada para os mais variados casos cuja resolução, à primeiro momento, parece a mais complexa possível, quando não impossível mesmo, até logo eles unirem seus pensamentos e raciocínios e começarem a agir contra as ameaças em questão. Cada episódio é mais alucinante e intenso que o outro, chegando em pontos que o espectador realmente chega a duvidar se eles vão mesmo conseguir solucionar os problemas antes que a situação piore, e no meio de cada uma dessas missões, vamos, então, conhecendo melhor cada personagem e nos envolvendo, também, com a história de cada um, compreendendo seu jeito de ser e agir em decorrência do que viveram no passado e nos apegando verdadeiramente ao enredo e elenco como um todo.

À primeira vista, além de visivelmente excêntrico, Walter O'Brien irrita um pouco pela total falta de modéstia e a certeza, em 99% das vezes, de estar certo sobre algo, e quando é contrariado fica alterado de um jeito que só a Paige consegue abrandar. Por outro lado, à medida que o conhecemos, vamos compreendendo melhor o protagonista e passando a ter maior ciência de seu passado, de sua família e, ainda que ele não demonstre, de certa forma, também conseguimos entender um pouco de seus sentimentos e mesmo os medos mais profundos. Um de seus papéis mais altos no grupo acaba sendo, também, a forma única como ele consegue se entender e se relacionar com Ralph, filho de Paige que até então não conseguia ser compreendido pela mãe como o gênio que na verdade ele é, e acaba sendo por intervenção de O'Brien que mãe e filha começarão a se entender mais, enfim. Um fato curioso, inclusive, é que o personagem é inspirado em um Walter O'Brien real, também gênio e tecnólogo da informação, além de fundador e CEO da Scorpion Serviços de Computador, Inc.

A própria Paige Dineen, inclusive, é uma personagem igualmente bem construída que inicialmente tem de assimilar a mudança brusca de emprego de uma lanchonete para agente especial da Scorpion, e mesmo temendo constantemente por eventuais envolvimentos de Ralph com a equipe e as missões de que participa, aos poucos ela também vai percebendo o quão além o seu filho é capaz e, na verdade, precisa ir. Seu jeito de apaziguar os ânimos mais tensos e agitados da equipe também é uma ajuda e tanto nos momentos de tensão e, ainda que ela inicialmente não entenda muito de toda a tecnologia e mecânica que os envolve, é perceptível que ela acaba aprendendo, mesmo que sem querer, com eles sobre o tema, ao mesmo tempo em que, com ela, eles também se permitem soltar as próprias emoções e fraquezas um pouco mais, mas ao mesmo tempo procurando vencer seus medos e obstáculos pessoais de outrora.


Além dessa dupla de protagonistas principal, os demais também são ótimos. Com seu jeito durão, Happy demora um pouco a cativar o espectador, mas o seu estilo e atitudes totalmente girl power como a expert em mecânica que é acabam nos conquistando quando menos esperamos. Toby da mesma forma, por entre suas avaliações intrometidas do humor dos colegas, mas nunca se deixando ser avaliado da mesma forma, ainda que a própria Paige o faça de vez em quando e o desestabilize um pouco da postura sempre presente e por vezes irônica e psiquiatra. Sylvester, então, completa a equipe com uma carga singular de timidez, inteligência e meio que um pouco de fofura pela forma carismática com que o personagem se apresenta e se desenvolve, ainda que ele mesmo subestime a si próprio em alguns momentos e evite maiores comunicações que não sejam sobre o assunto que ele domina, isto é, os números.

Em meio às missões e adrenalina pura, porém, também sobra um espacinho rápido para romances surgirem, mas já aviso para irem com calma nesse quesito porque do jeito que essa galera não domina muito bem a arte de ser social, demora bastante para eles sequer se aproximarem mais das habilidades de paquera e amorosas que existem lá no fundo, mas de antemão já digo que as emoções, mesmo em meio à muita matemática, física, química e biologia, também tem lá suas vezes de prenderem e mesmo até de emocionarem o espectador, mas só assistindo para vê-las de perto mesmo. Só para ter uma palhinha do que vem por aí na série, dá uma olhada no trailer logo abaixo. ;)


Disponível no Brasil tanto pelo canal Sony como, também, pelo Netflix, e atualmente em produção e transmissão da terceira temporada pela CBS nos Estados Unidos, Scorpion é mais uma indicação especial minha aqui no Cinemmy para vocês! Uma série que de início parece ser apenas mais um emaranhado de enigmas e mistérios para resoluções matemáticas e físicas, que acaba, porém, indo além, e envolvendo o espectador em meio a um enredo que além dos números, também trata muito de relações humanas e questões psicológicas. Recomendo demais!


| | Não esqueçam de participar da Pesquisa de Público que está rolando no blog esse mês. | |
Clique na imagem abaixo para acessar o formulário.


Beijos,
Sâmmy

8 Comentários

  1. Oi,
    tentei assistir Scorpion, mas não passei do terceiro episódio. Tenho uma antipatia muito grande com Katharine que faz a Paige.
    Uma série que tem uma visão semelhante por causa das características dos personagens é The Librarians essa série gosto.

    ResponderExcluir
  2. Olá, ainda não conhecia essa série e só pelo trailer talvez eu nem prestasse muita atenção nela. Mas depois de ler o seu post, já fiquei bem interessada em assistir, pois achei bem legal essa coisa de os personagens serem inteligentes em algumas coisas, mas terem dificuldade nas interações sociais.

    ResponderExcluir
  3. Olá!

    Tenho Netflix, mas sua mãe é como a minha, sempre procurando novas séries pra ver hahaha não a conhecia, mas meu escasso tempo não me permite ver, mas vou indicar pra minha mãe, que adora séries com essa pegada, obrigada pela dica!

    ResponderExcluir
  4. Comecei a assistir essa série logo que saiu, fui até o episódio dois, mas acabei parando. E não foi por não gostar, eu adorei a trama, foi exatamente por estar sempre começando novas séries. hahaha Agora já estou bem atrasada em Scorpion, mas pretendo voltar a assistir. Adoro os personagens. <3
    beijos

    ResponderExcluir
  5. Oi, eu já ouvi falar dessa série, é claro, mas nunca tinha parado para conhecer um pouco a série, e até que gostei da premissa, achei interessante. Porém, por enquanto, vou deixar guardada, pois estou com várias séries para ver, hahaha. Espero assistir em breve.

    www.porredelivros.com

    ResponderExcluir
  6. Oi Sammy!

    Adoro essa série ! vi alguns episódios pretendo continuar ( só me falta tempo) haha são tantas séries para acompanhar que o dia deveria ter 48 horas haha

    Adorei o post!

    Beijos
    Jess
    www.pintandoasletras.com.br

    ResponderExcluir
  7. Olá.
    Eu adorei o nome da nova coluna!
    Assinei recentemente a Netflix e estou mesmo em busca de boas séries para assistir. Essa foi para lista e espero gostar tanto quanto você, ainda mais porque me agrada isso da série não só focar nos números, mas também nas relações pessoais.
    Abraços.

    ResponderExcluir
  8. Oi Sammy, tudo bem?
    Que dica incrível, não conhecia o seriado, mas fiquei interessada. Como sou da área de tecnologia amo séries que tem essa temática com gênios na área, é uma porta para tomar novos conhecimentos e pesquisar mais a respeito desses. Outro ponto que me chamou a atenção foi a construção dos personagens que parece ser muito bem elaborada e trabalhada, até mesmo nas excentricidades de cada um. Vou adicioná-la na minha lista na Netflix.
    Beijos

    ResponderExcluir

Obrigada por ler o post!
- - - - - - - - - - - - - - - - - -
ATENÇÃO:
- Não use vocabulário impróprio;
- Não aceito Tags e Selinhos;
- Não aceito comentários que não tem nada a ver com o post.
* Comentários assim serão devidamente excluídos e eu não retribuirei visita.
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Deixe o link do seu blog no final do comment para que eu possa retribuir a visita. :)

Bjos...